A colega de Linkedin Beatriz
Galoni Martins está querendo entender um pouco mais sobre o crescimento
exponencial do mercado de criptomoedas. Mais um assunto que parece interessar à
muita gente então aí vai o que descobrimos. O primeiro ponto que merece nossa
atenção é de que toda arquitetura da Bitcoin - a primeira criptomoeda e de
maior sucesso até hoje – é open-source ou seja, de código aberto o que permite
que possa ser replicada, copiada e melhorada por qualquer um. O segundo ponto é
que esta arquitetura ou tecnologia pode ser aplicada para qualquer tipo de
transação, de forma segura, e não apenas à moedas ou pagamentos. No caso das
moedas é importante também observar que a quantidade de moedas disponíveis não
se altera mas cada uma delas é fracionada em unidades, no caso da Bitcoin em
100 milhões de unidades, que podem ser comercializadas ou transacionadas desta
forma.
Hoje existem algo como 1.400
criptomoedas além da Bitcoin chamadas de altcoins – moedas alternativas – cujo valor
supera os USD 160 bilhões e alguns estimam que caminha para USD 1 trilhão muito
em breve. Entre as mais conhecidas estão a Ethereum, Ethereum Classic, Ripple,
NEM, Litecoin, and Dash. A maioria delas surgiram no primeiro semestre de 2017
de carona no sucesso da Bitcoin e em grande parte devido às suas limitações,
principalmente em relação a quantidade de transações por segundo que consegue
processar que é de apenas 7. Como referência a VisaNet efetua 24.000 transações
por segundo com capacidade de ao menos 65.000. A arquitetura blockchain e sua criptografia
vem sendo apontados como o principal gargalo para seu crescimento assim como
impulsionado o surgimento de tantas altcoins que de diferentes formas vêm
tentando contorná-lo.
A Ethereum é uma das altcoins que
mais se destacam por ser uma plataforma descentralizada que opera não apenas
com moedas podendo ser aplicada basicamente em qualquer transação ou smart
contracts. Um dos melhores exemplos de smart contracts que já tomei
conhecimento é a cadeia de setor imobiliário de Dubai, toda em blockchain. Por
lá você não apenas paga e recebe em criptomoedas como toda transação e validação
de documentos é realizado na mesma rede - criada e gerida pelo governo - inclusive
escritura.
Mesmo com enorme potencial de
crescimento - estima-se que até 2024 tenhamos 200 milhões de usuários de criptomoedas,
hoje são 5 daí o chamado crescimento exponencial – muitos sugerem cautela na
hora de adquiri-las. Em parte devido à estas limitações de processamento das
transações e ao consumo absurdo de energia que demandam que não foram efetivamente
resolvidas até o momento, seja pelas dúvidas em relação à regulamentações,
restrições e cobrança de taxas e impostos que começam a ser impostas por diversos
países como o Japão, que já sofreu o feito da quebra de uma criptomoeda no passado
a Mt Gox. É curioso observar também que o setor bancário
tradicional não está inerte à tudo isso. Alguns grandes bancos já possuem suas
próprias blockchains privadas e surgem diferentes iniciativas para a aplicação
desta tecnologia no setor portanto não há como prever sua evolução.
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