Sensor Fusion - o segredo dos carros autônomos e da Amazon Go

Outro dia falamos que o GPS é o futuro por ser parte fundamental no funcionamento e sucesso dos assistentes pessoais (post), mas além disso o GNSS garante o futuro de diversas outras aplicações. Dos carros autônomos às lojas Amazon Go nada disso existiria sem a identificação de um posicionamento preciso e o GNSS é o principal elemento do hoje chamado Sensor Fusion, assunto deste artigo.

GPS ou GNSS? Interessante notar que GPS na verdade é o nome dado ao sistema de satélites desenvolvido pelos EUA, declarado operacional em 1985, mas ele não é o único. Na verdade chamamos de GNSS justamente o sistema global que abrange, além do GPS, o Glonass (russo), o Galileo (europeu) e o Beidou (chinês) além dos sistemas SBAS e GBAS, que medem e corrigem desvios nos sinais de satélite, sendo assim um sistema que permite a localização geográfica de um ponto em qualquer parte do mundo.

Mesmo com a tremenda evolução do sistema GNSS ele tem suas limitações. Quem por exemplo já não ficou sem sinal dentro de um túnel? Isso acontece porque o sinal pode ficar bloqueado ou perdido devido à obstruções mas eles também podem ser refletidos pela carroceria do carro ou sofrer interferência de outras fontes de sinal RF. Além disso o GNSS não tem a acuracidade necessária para veículos autônomos ou para identificar consumidores e produtos nas lojas Amazon Go. Para lidar com estas limitações é necessário combiná-lo à múltiplos sensores físicos formando o Sensor Fusion.

Sensor Fusion portanto é um sistema hibrido que usa além do GNSS diferentes sistemas como sonar, lidar, radar, fluxo óptico, giroscópio, acelerômetro e magnetômetro para nos dizer com a maior acuracidade possível onde estamos. Sem entrar na área técnica é curioso observar o algorítimo que controla estes sistemas. Ele usualmente trata cada sensor ou dado de forma independente e pode determinar dados que não sejam medidos diretamente por nenhum deles.


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